são de vidro as palavras
feitas desejo e saudade
nelas te invento com loucura
insisto e não desisto
escrevo como por magia
e nelas desvendo
este inquieto amor
aquele que sinto
na sofreguidão dos dias
na lentidão dos momentos
quando a tuas mãos
vagarosamente
se entregam à descoberta
docemente.
são de vidro as palavras
quando beijo a tua boca
quando o fogo se acende
e na entrega como louca
na sede que me provoca
ao teu, meu corpo se prende.
romã