a primavera abandonou-me
os ossos
o corpo ficou sonolento
e o odor dos loureiros
ficou por lá
lá onde a seiva nasce,
lá onde se fará
a tarde dos pássaros,
e o sonho virá a meus pés
como as ondas às marés
choro, num canto com medo
com a alma na penumbra.
envelhecem as lágrimas
o caminho é segredo
desafio a solidão
a cada latejo
do coração.
romã
todos os poemas registados no IGAC