Trago uma lembrança viva
no peitoril da alma
com dor e um suspiro recolhido
a trespassar-me o coração
ardente,
como se estivesse à espera
duma primavera ausente
duma velha primavera,
tão velha quanto eu,
que oculta chora,
lembra as tardes
em que me trazias flores
e os dias
de céu azul e ar morno
lembrança dum tempo
sem retorno.
romã