trago nos olhos uma remota lembrança
e na memória um rio que empurra
o tempo
meu espírito navio que mareia
e não descansa
num mar sem retorno,
cego.
já nem imagino um sonho
pois a sonhar me nego.
de nada me cubro
apenas a placenta
em mim acenta
e ao rubro
o fogo que trago do berço.
romã